PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

Sou um traço descontínuo,

Sempre ultrapassado pela demora,

Uma linha que se quebra, sem destino,

Perdido no tempo que não se explora.

Avanço aos tropeços, sem rumo certo,

E cada passo é um eco disperso,

Sou o que nunca chega, o que sempre espera,

Na inquietude de uma alma que não prospera.

Sou um traço que se perde no infinito,

Que busca um fim, mas nunca é escrito,

Sempre ultrapassado pela demora,

Sou o silêncio que ecoa na aurora.