PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Estes diálogos da alma
São um déjà-vu,
Palavras que retornam,
Algo que outrora comi cru,
Mastigadas em silêncio, sem tempo para digerir.
São ecos de um passado que não se cala,
Reflexos de uma verdade que insiste em surgir,
Como se cada verso, cada linha,
Fosse um sabor familiar,
Que a vida me obriga a revisitar.
Essas conversas interiores,
São como sombras que voltam a surgir,
Recordações de um prato antigo,
Que no presente volto a consumir,
Mesmo sabendo que a digestão ainda está por vir.