PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Em tudo fui tarde,
Cheguei sempre após o fim,
Perdi as chances, os momentos,
Deixei que a vida corresse sem mim.
Espero que a morte,
Com sua sombra inevitável,
Dite a mesma sorte,
E se aproxime, lenta e incerta,
Como tudo o que na vida me escapou.
Que seja tardia, como fui em tudo,
Para que eu possa, enfim,
Encontrar o tempo que perdi,
Nas margens do que nunca vivi.