PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

As mulheres têm o meu corpo,

A minha alma pertence à poesia,

No calor de seus braços me perco,

Mas é nos versos que encontro a harmonia.

Elas tocam a pele, sentem o desejo,

Mas é a poesia que desvenda o meu ser,

No encontro dos corpos, há prazer e ensejo,

Mas nas palavras, é onde realmente vou viver.

Cada carícia é fugaz, como a chama que se apaga,

Mas os poemas, esses, são eternos,

Guardam a essência que em mim se propaga,

Enquanto as noites passam, os versos permanecem ternos.

As mulheres têm o meu corpo,

Por breves instantes de paixão,

Mas a poesia, essa é a minha constante,

É nela que deposito o coração.