PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Não confio,
Não por não confiar,
Mas porque as minhas preocupações
Seguem um rumo diferente,
Um caminho onde a incerteza
É companheira constante.
É que, enquanto o mundo gira,
E as promessas se desenrolam no ar,
Eu procuro algo mais profundo,
Algo que vá além do simples confiar.
Minhas preocupações residem no invisível,
No que se esconde por trás das palavras,
No silêncio que fala mais alto,
Nas intenções que nunca são reveladas.
Não confio,
Não por falta de fé nos outros,
Mas porque a vida me ensinou
A escutar as entrelinhas,
A prestar atenção nos gestos,
E a procurar respostas onde ninguém olha.