PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Invertida imagem que te refletes em mim,
A tua natureza é uma ilusão de ótica,
Os meus olhos conseguem decifrar o que há de ruim,
Nos raios que envias em código de ética.
O que mostras é distorcido, um jogo de espelhos,
Onde o falso se disfarça de verdade,
Mas nas entrelinhas do teu brilho,
Enxergo as sombras que carregas em realidade.
O teu reflexo tenta enganar, mas não me iludo,
Vejo além do que queres mostrar,
Nos teus raios, há um segredo oculto,
Que os meus olhos, atentos, conseguem capturar.
E assim, na inversão que provocas,
Revejo o que tentas esconder,
Mas na minha visão, nada foge,
Pois decifro o que és, sem te temer.