PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Padrinho, outrora a bênção
Era, em respeito, maior,
Um gesto que carregava tradição,
Um símbolo de honra e amor.
Agora, o estender da mão
É vazio, sem alma, sem calor,
A reverência perdeu-se na ação,
Como se fosse só um favor.
O respeito, antes sagrado,
Agora é apenas formalidade,
E o gesto, que antes era honrado,
É feito por simples comodidade.
O estender da mão já não é bênção,
É para evitar cuspir no chão,
E o que antes era um laço forte,
Tornou-se em ato sem emoção.