PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
A poesia é uma droga,
Necessária ao discernimento da minha alma,
Uma dose diária de palavras que acalma,
Tornei-me dependente dos diálogos mentais.
Cada verso é um alívio, uma fuga,
Do peso do mundo, das verdades cruas,
Nas rimas encontro o sentido,
Que a realidade, por vezes, me nega.
Sou viciado no fluxo das ideias,
No ritmo que a poesia me traz,
Ela é o remédio que não procuro,
Mas que, sem ela, me desfaz.
A cada linha escrita,
Encontro um pouco de paz,
E nos diálogos mentais que travo,
A poesia é a voz que nunca se cala.