PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

Afinal, o mundo não anda a dormir!

Sou eu que ando a sonhar,

Com uma realidade impossível,

Que só existe dentro de mim, a flutuar.

Enquanto o mundo gira, desperto,

Envolto em suas verdades cruéis,

Eu perco-me em fantasias,

Construindo castelos no ar, sem marcos reais.

Crio um universo onde tudo é possível,

Onde o amor é puro, e a dor, esquecida,

Mas, ao despertar, vejo que essa visão

É apenas uma miragem, uma ilusão retida.

O mundo segue, com os seus passos firmes,

E eu, com a minha cabeça nas nuvens,

Percebo que a realidade que tanto desejo,

É um reflexo dos sonhos que cultivo, sem desdém.

E assim, continuo a sonhar,

Mesmo sabendo que o mundo é mais duro,

Pois dentro de mim, há um lugar

Onde a esperança ainda constrói o futuro.