PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

Não carrego a pureza das raízes, nem a cor que define uma nação,

Mas dentro de mim, o pulsar é forte, e o que sinto vai além da pele,

É uma conexão profunda, que não se mede por aparência ou origem.

No meu peito, a Angola vive, não como um traço de sangue ou cor,

Mas como um ritmo, uma melodia, que ressoa na alma, com amor.

Sou feito de misturas, de encontros, de caminhos que se cruzam,

E no compasso desse sentir, descubro que a cor mais verdadeira,

É a que bate no coração,

Unindo o humano ao humano, na essência da emoção.