PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

Transpiro para o papel,

O suor que escorre da alma,

Cada gota carregada de vida,

E esse suor tem sabor,

Como se de nome se tratasse,

Uma identidade, uma marca.

Não é apenas tinta que desliza,

É o peso de quem sou,

A essência que se derrama,

Em cada palavra que flui,

Em cada linha que traço.

Esse suor é o reflexo do meu ser,

Do que sinto, do que vivo,

É o esforço de existir,

De transformar o íntimo em verso,

De dar voz ao que dentro de mim grita.

Transpiro para o papel,

E nele encontro a calma,

Pois sei que cada gota, cada palavra,

É uma parte de mim que se revela,

Que ganha forma, que ganha nome,

No sabor da escrita que me consome.