PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Gostava de ter sido um verdadeiro soldado,
E sentido intensamente as balas de ferro,
A furarem o meu peito, e ter sobrevivido,
Para que fosse um herói desse erro.
Queria carregar no corpo as marcas profundas,
Cicatrizes que contassem histórias de dor,
Mas também de resistência, de luta,
De alguém que enfrentou o terror e voltou.
Ser um herói não pelo triunfo,
Mas pela sobrevivência ao caos,
Pelo aprendizado que vem do sofrimento,
E pela força que nasce dos momentos maus.
Gostava de ter sido esse soldado,
Não para a glória ou para o louvor,
Mas para provar que mesmo no erro,
Pode haver grandeza, pode haver amor.
Ser um herói não pela vitória,
Mas por ter enfrentado a escuridão,
E emergido com a luz da experiência,
No peito, um coração renovado pela missão.