PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Inerte, à espera de ser socorrido,
O meu olhar em vergonha, tão perdido,
Sem o sorriso, já teria morrido,
Afogado em tristeza profunda, sem abrigo.
Sepultado na dor, onde a luz não alcança,
Onde os sonhos se perdem, sem esperança,
Não mais criança, mas sombra de mim,
Vagueio em silêncio, num abismo sem fim.
O sorriso que me salvou é agora distante,
Uma lembrança frágil, quase hesitante,
Mas ainda respiro, ainda luto por paz,
Mesmo que a tristeza me prenda, jamais me desfaz.