PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

Espero que o paraíso,

Ou algo que se pareça preciso,

Seja uma realidade, uma verdade sincera,

Onde a alma possa, enfim, encontrar paz

E repousar de toda a ansiedade que carrega.

Porque o que vivo em juízo,

Este mundo de sombras e enganos,

É uma autêntica fraude, um teatro sem brilho,

Onde as máscaras se sobrepõem à face,

E a verdade se esconde em labirintos insanos.

Anseio por um lugar onde a pureza reine,

Onde as promessas não sejam palavras vazias,

Onde o amor não seja um contrato,

Mas uma essência que flui sem medidas.

Que o paraíso seja o oposto desta farsa,

Um lugar onde a alma se desnude,

Sem medos, sem culpas, sem pesos,

E possa, finalmente, ser quem é,

Livre da fraude que o mundo impõe.