PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
O que me resta?
Senão andar aos tombos
Nesta inútil festa?
Que faço eterna,
Em jeito de graça genuína,
Rindo das quedas,
Das voltas que o destino me ensina.
Cada passo em falso,
Cada tropeço e deslize,
Transformo em dança,
Mesmo que a música não me avise.
Nesta festa sem sentido,
Onde os risos e lágrimas se misturam,
Faço da minha jornada, uma brincadeira sincera,
Onde a seriedade se curva, e a leveza impera.
O que me resta, senão continuar,
Nesta festa onde a vida se desenrola,
Fazendo eterna a alegria de existir,
Mesmo que aos tombos, encontre a graça de persistir.