PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Não quero pensar mais,
Somente ser dormente,
Ideia, por que não sais
De mim, tão descontente?
Vai, procura uma fascinante,
Que não seja tão fatigante,
Deixa-me em paz, sem o peso,
De tua incessante demanda.
Quero apenas existir,
Sem a constante batalha interna,
Onde cada pensamento é uma guerra,
E cada reflexão, uma prisão eterna.
Vai, ideia, encontra um abrigo,
Onde possas florescer sem exaustão,
Deixa-me ser, por um momento,
Simplesmente, sem inquietação.
Procura outra mente que te queira,
Que possa te acolher com alegria,
Pois em mim, já não há espaço,
Para mais uma luta vazia.