PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Eu não existo,
E mesmo assim,
De mim não desisto.
Sou sombra que se esvai,
Um reflexo na imensidão,
Mas, mesmo no vazio, insisto,
Em buscar a minha própria razão.
Sou a ausência presente,
Um eco que teima em soar,
E mesmo que o mundo me negue,
Continuo a tentar me encontrar.
Não existo como os outros,
Não me vejo no espelho comum,
Mas na essência que persiste,
Encontro força para ser algum.
De mim não desisto,
Pois é na luta que me invento,
E mesmo sem existir,
Crio-me a cada momento.