PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Eu já fui como eles,
E não gostei de me ver,
Era um corpo sem pele,
Descarnado a sofrer.
Vivi na sombra de uma ilusão,
Caminhei sem rumo, sem direção,
Apenas um reflexo vazio,
Perdido em um mundo sombrio.
Os olhos viam, mas não enxergavam,
O coração batia, mas não sentia,
Era um ser sem alma,
Que apenas existia, sem alegria.
Mas ao me ver assim, despido de essência,
Decidi mudar, buscar a diferença,
Recuperei a pele, a sensibilidade,
E abandonei aquele ser,
Que não conhecia a verdadeira liberdade.
Agora sou outro, mais inteiro,
Com a alma revestida de verdade,
E embora ainda carregue cicatrizes,
Prefiro essas marcas à antiga vaidade.