PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007
Coloco-me num patamar altivo,
Porque preciso da sua altitude,
Para sentir-me pleno e emotivo,
Longe das sombras da inquietude.
Lá do alto, a vista é mais clara,
As nuvens não escondem o horizonte,
E na elevação encontro a calma,
Que me permite tocar a fonte.
Preciso desse espaço elevado,
Para que a emoção possa fluir,
Como um rio que desce apressado,
Carregando em si o desejo de existir.
É na altura que encontro o sentido,
A profundidade que me completa,
E embora o mundo me veja distante,
É lá que minha alma se reflete.
Coloco-me nesse patamar altivo,
Não por vaidade ou pretensão,
Mas para encontrar, no silêncio dos ventos,
A plenitude que me escapa no chão.