PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

A vida, num mistério esplendoroso,

Envolve-me em suas tramas e segredos,

E, diante de tanta beleza e incerteza,

Faz-me ser um rosto choroso.

Cada descoberta, uma emoção profunda,

Cada perda, uma lágrima que se esvai,

E enquanto desvendo os caminhos ocultos,

Sinto o peso do que o coração não trai.

A vida é grandiosa em seu mistério,

Mas também é dura em sua verdade,

E o esplendor que tanto admiro,

Traz consigo a sombra da saudade.

Por isso, o meu rosto molha-se,

Com as lágrimas de quem sente demais,

Pois é no encontro com o mistério,

Que a alma se desmancha e se refaz.