PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

Serei audacioso

Em demasia,

Ou louco pela teimosia?

Talvez seja um pouco de ambos,

Um espírito que não se contenta,

Que busca sempre o além,

Mesmo que o caminho seja tortuoso.

A audácia leva-me a enfrentar

O que muitos evitam ou temem,

Enquanto a teimosia mantém-me firme,

Mesmo quando o mundo me contraria.

Há quem chame isso de loucura,

E talvez haja verdade nesse olhar,

Pois quem insiste em desafiar

Os limites do possível,

Acaba por se perder nas margens do racional.

Mas, se essa é a loucura que me guia,

Então aceito de bom grado,

Pois é nela que encontro a coragem,

De ser mais do que esperam,

De viver além do que me é dado.

Serei audacioso em demasia,

Ou louco pela teimosia?

Talvez, no fim, não importe,

Desde que siga fiel ao que sou,

Desafiando o mundo com cada passo,

Sem medo de ser quem realmente sou.