PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

Gosto de sorrisos discretos,

Aqueles que surgem sem alarde,

Em demasia tornam-se insensatos,

Perdem a naturalidade, a genuinidade.

Um sorriso discreto carrega mistério,

Uma sinceridade que não precisa de palco,

É uma expressão que fala baixinho,

Mas diz muito mais do que aparenta.

Quando forçado ou exagerado,

O sorriso perde a sua essência,

Torna-se apenas um gesto vazio,

Sem a alma que o deveria guiar.

Prefiro a suavidade de um sorriso

Que brota espontâneo, quase tímido,

Pois é nele que encontro a verdade,

A pureza que não se força, que não se inventa.

Gosto dos sorrisos que nascem

De momentos pequenos, mas significativos,

Onde a alegria é subtil, mas profunda,

E a simplicidade revela o que é mais bonito.