PRISIONEIRO DO TEMPO, © 2007

Na primavera da próxima era,

Serei relembrado como a noite,

Pois sempre soubera ser azeite,

Alumiado pela lamparina de cera.

No escuro, onde a luz é rarefeita,

Encontrei o meu lugar, minha seita,

Brilhando suave, sem alarde ou pressa,

Numa Chama serena, que a vida atravessa.

E quando o tempo me levar, serei lembrado,

Como a noite que acolhe, no silêncio guardado,

Pois na lamparina da vida, fui luz discreta,

Na primavera eterna, serei a alma completa.