PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
A semente em sepulto, adormecida,
Sob a terra escura, quieta a sonhar,
Desperta em vida, erguendo-se florida,
Para o mundo inteiro poder contemplar.
Consistente, cresce em força e graça,
Transforma-se em fruto, dá-se sem medir,
E na boca da criança, enlaça,
O sabor doce que a faz sorrir.
O ciclo da vida em gesto singelo,
Do solo ao coração, um milagre a surgir,
Na simplicidade, revela-se belo,
A semente que, da morte, fez-se a florir.