PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008

A distância que nos separa,

É o fio tênue que nos prende,

Entre a vida e a morte, a espera,

Onde a existência se rende.

Essa proximidade sagrada,

Com a morte, que se faz presente,

É a grandeza de ser, tão rara,

Aceitar o destino, calmamente.

No momento em que a morte corteja,

Com o seu véu de mistério e silêncio,

O ser se eleva, sem peleja,

Na aceitação, encontra o seu lenço.

Pois é na entrega serena,

Que a alma se torna inteira,

A distância se dissolve, amena,

E a vida se faz verdadeira.