PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008

Que praias as ondas encantam,

Onde as musas, de beleza rara,

Espantam os olhos que as fitam,

Na magia que em si se declara.

Na ilha da fraqueza, seduzem,

Com o seu canto doce e subtil,

Os inocentes que, sem perceberem,

Se entregam ao encanto febril.

Infinitamente dançam, perdidos,

Nas águas que cantam em vão,

Como marionetas, são conduzidos,

Pelo feitiço que os prende ao chão.

As ondas, cúmplices do engano,

Beijam a areia com ternura,

Enquanto as musas, num doce plano,

Enfeitiçam, deixando na alma a fissura.