PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
A mentira tomou as rédeas da vida,
Guiando o destino com mãos frias,
E a humanidade, à frente da carroça, perdida,
Segue chicoteada, sem alívio em seus dias.
Escrava da nova condição,
Em desgraça, se curva ao poder,
No palco, o sorriso é obrigação,
Mesmo quando a alma começa a morrer.
Fazer graça, mascarando a dor,
É o preço para continuar,
Para ser maior, para mostrar valor,
Num mundo onde a verdade é rara achar.
Evoluir, dizem, é o caminho,
Mas na mentira que nos governa,
A humanidade segue em desalinho,
Numa dança que nunca se alterna.