PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008

Fria a distância,

Congelada pelo tempo,

Como um abismo entre corações,

Onde o calor já não encontra alento.

Cada segundo é um floco de gelo,

Que se acumula, impiedoso,

Transformando o que era laço,

Num vazio silencioso.

A distância, outrora brisa leve,

Agora é vento cortante,

Que congela as palavras não ditas,

E faz do amor um semblante distante.

No frio da ausência,

As emoções adormecem,

E o tempo, em sua paciência,

Deixa que as memórias envelheçam.