PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
A vida é uma contínua ratoeira,
Onde cada passo é calculado,
Todos indicam a direção certeira,
Mas a armadilha está sempre ao lado.
Atenta, ela espera em silêncio,
O próximo que se achega, sem saber,
Vítima incompleta, em seu lamento,
Para na ceia do destino se perder.
O mundo, com seu riso disfarçado,
Assiste ao jogo com frieza,
E cada alma, na trama enredado,
É servida em pratos de tristeza.
Mas mesmo nas teias que nos prendem,
Há quem encontre uma saída,
Pois a vida, mesmo quando ofende,
Ainda guarda o mistério da lida.