PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Um raio de luz, que corajosamente surge,
Provoca a escuridão, que se inquieta,
E na sua sombra, a inveja urge,
Desejando ver a luz morrer, completa.
A escuridão, ferida pelo brilho,
Retorce-se em ódio silencioso,
Quer a luz esvair-se, como em trilho,
De pus amargo, num ato odioso.
Em sua bandeja, a sombra espera,
Que a claridade se renda ao seu poder,
Mas a luz, mesmo em pequena esfera,
Resiste, sem ceder.
Pois onde há luz, há vida,
E a escuridão, em sua inveja fria,
Não pode apagar a chama nascida,
Que brilha, mesmo em agonia.