PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008

A palavra é chata,

Persistente em sua busca incessante,

Sempre à procura do pensamento,

Que vagueia livre, flutuante.

Ela quer prender a ideia no filamento,

Tece linhas, costura o vazio,

Tentando moldar o abstrato sentimento,

Para que, enfim, o verso saia macio.

E quando encontra, na mente errante,

O brilho da inspiração que arrebata,

Forma-se uma quadra, reluzente e vibrante,

Uma joia rara, uma quadra de prata.