PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008

O passado são memórias descalças,

Que caminham por trilhas de saudade,

Espetam-se nas pedras das lembranças,

Ferindo o presente com sua intensidade.

Cada passo, uma dor silenciosa,

Que revive o que já foi vivido,

E as feridas, sempre abertas e ansiosas,

São ecos de um tempo nunca esquecido.

Nas curvas do tempo, as memórias tropeçam,

Descalças, sentem o chão frio e duro,

E mesmo quando tentam, não se apressam,

Pois o passado é um terreno obscuro.

Mas é nessas feridas que crescemos,

Na dor que molda a nossa essência,

E mesmo que o passado nos espete,

Ele é parte da nossa existência.