PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Neste papiro tecnológico transcrevo,
A ideia da humanidade, agora obsoleta,
Uma visão pré-histórica, inanimada em relevo,
Que insiste em moldar a mente, discreta.
Um fundo de cenário, criado para enganar,
A plateia, projetada em 3D,
Onde a ilusão se torna o lugar,
E a realidade, ninguém mais vê.
Tudo é espetáculo, brilho e cor,
Mas na superfície, esconde-se o vazio,
Um teatro que evita o clamor,
De quem, em silêncio, busca o fio.
O fio da verdade, perdido no ar,
Enquanto a multidão, hipnotizada,
Assiste sem nunca questionar,
A vida que se desenrola, fabricada.