PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008

Andam a entreter a razão,

Como uma criança com um brinquedo novo,

Num jogo fútil, sem direção,

Onde o pensamento se perde, em vão.

Um brinquedo de ocasião,

Brilhante, mas vazio por dentro,

Que distrai a mente da verdadeira missão,

Desviando-a do que é essencial e do centro.

A razão, iludida, segue o embalo,

Sem perceber que é apenas um passatempo,

Enquanto as verdades, num canto calado,

Esperam pacientemente o seu momento.

Mas o brilho falso não dura,

E o brinquedo, cedo ou tarde, se quebra,

Deixando a razão nua, sem cobertura,

A encarar a realidade que se celebra.