PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Nas cordas musicais, vibram os lamentos,
Atletas em pistas, correndo contra os ventos,
Buscando a glória, o eco de outrora,
Memórias perdidas na curva da aurora.
Registos antigos, agora em bytes condensados,
Em pen-drive de dois gigas, sonhos apertados,
A emoção comprimida, sem espaço para mais,
Na era digital, os sentimentos são banais.
Mas nas notas tocadas, ainda há resistência,
Uma melodia guarda toda a essência,
Pois há coisas que o tempo não apaga,
Mesmo em bits e bytes, a alma não se cala.