PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Espaço vazio,
Onde o silêncio ecoa sem fim,
Dor concentrada,
Como um peso que não se vê.
Qual pedra no fundo do rio,
Imóvel, submersa na corrente,
Carrega o frio de um vazio sombrio,
Que a água não leva, nem torna ausente.
É uma presença que não se dissolve,
Uma memória que o tempo não apaga,
No fundo do coração, ela revolve,
Como um mistério que sempre se indaga.
Mas mesmo a pedra, no fundo escondida,
Guarda em si uma história, um segredo,
E no fluxo contínuo da vida,
A dor, com o tempo, perde o seu medo.