PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Os violinos choram suave,
As flautas sussurram ao ar,
Dançam ao ritmo da batuta,
Numa melodia a encantar.
No palco, a orquestra se entrega,
Um universo em sons a vibrar,
Como uma cobra, subtil e astuta,
A música, letal, vem a nos capturar.
Mordidela visceral, inevitável,
Que nos atinge o âmago do ser,
A música, em sua força inigualável,
Nos leva ao abismo sem nos perceber.
Cada nota, um veneno doce,
Que corre nas veias sem parar,
E no final, já sem forças,
No silêncio, a alma a respirar.