PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Enterrado o sentimento
Em cova vazia e fria,
Onde o passado encontra alento
No silêncio que tudo esvazia.
Esgravatada a urna,
Como quem busca uma esperança perdida,
Na intenção de um novo dia,
Uma nova vida renascida.
Mas na terra revolvida,
Onde o sentimento jaz sem luz,
Surge a dúvida incontida,
Se a dor se desfaz ou conduz.
Ainda assim, persiste o gesto,
De cavar em busca de renovação,
Pois o coração, mesmo em protesto,
Anseia por uma nova emoção.