PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Na janela da vida,
A lágrima desliza, silenciosa,
Como um rio de dor contida,
Que no peito faz morada ansiosa.
Rola pelo rosto, serena,
Carregando o peso do que se foi,
Cada gota é uma cena
De um passado que não se escoa e dói.
E querida, desola,
O coração que esperava sorrir,
Mas na lágrima que se imola,
Encontra o luto do que não pode impedir.
A janela é o palco aberto,
Onde a alma se deixa ver,
E na lágrima, o sentimento incerto
Se revela, sem nada esconder.