PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Negra lista,
Onde o nome repousa sombrio,
Registo na memória,
De uma jornada marcada pelo vazio.
O título de artista,
Conquistado com suor e dor,
Agora pesa, em dívida à glória,
Que escapa como um rumor.
Cada linha dessa lista,
É uma promessa não cumprida,
Um sonho que se despista,
Na encruzilhada da vida.
A fama, tão desejada,
Agora é uma sombra distante,
E o artista, em dívida à glória,
Busca na escuridão um novo semblante.
Mas na lista negra, há também uma chama,
Uma chance de redenção,
Pois o artista, mesmo em drama,
Pode encontrar força na criação.