PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
As crianças prisioneiras, ao nascer,
No ventre apertado de suas mães,
Lutam contra o destino a tecer,
Não querem viver como cães.
Sentem o peso da vida a dobrar,
Mesmo antes de verem a luz do dia,
Prolongam o desejo de não chegar,
Temendo um mundo sem harmonia.
O útero é abrigo, mas também cela,
Onde a inocência é refém do medo,
E ao surgirem, em luta tão bela,
Rejeitam um futuro marcado a dedo.
Não querem viver sem dignidade,
Nem aceitar correntes invisíveis,
Buscam na vida a verdadeira liberdade,
Onde seus sonhos sejam possíveis.