PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Sentado na esquina do mundo,
Onde o horizonte toca o infinito,
Medito sobre o afogamento da humanidade,
Um naufrágio lento, silencioso e aflito.
A inteligência, outrora farol brilhante,
Agora é oxigénio profundo, escasso,
Rarefeito em escala de altitude,
Onde a razão luta por espaço.
Cada pensamento, uma bolha de ar,
Tentando emergir na vastidão do vazio,
Enquanto a humanidade, sem se aperceber,
Desce mais fundo no abismo frio.
Na esquina do mundo, vejo a queda,
Um mergulho cego na ignorância,
E a inteligência, em sua luta discreta,
É como um sopro fraco, sem relevância.