PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
Eterno descansa o olhar,
Na paz que a despedida traz,
Os amigos, rodeados dos filhos,
Guardam memórias que o tempo refaz.
A esperança de um dia voltar,
Mesmo que distante e incerta,
É uma chama que, ainda a brilhar,
Mantém a saudade sempre desperta.
Ténue lembrança em rodilho,
Enrolada nas fibras do coração,
Um fio de afeto, um suave trilho,
Que liga o passado e futuro em comunhão.
E assim, o olhar que descansa,
Na eternidade do que já foi,
Relembra que, na ausência, há herança,
E que o amor, mesmo quieto, nunca se desfaz.