PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008

O mar sopra o seu descontentamento,

Com a força de um grito profundo,

Na agonia de um lamento,

Que ecoa nas entranhas do mundo.

Derruba o mastro desatento,

Que se ergueu sem cuidado ou previsão,

Num olhar distante e imaturo,

Que não compreendeu a fúria da imensidão.

As ondas, como mãos poderosas,

Rasgam o céu em turbilhão,

E o mastro, frágil em sua pose grandiosa,

Cai, vencido pela própria presunção.

O mar, em sua infinita sabedoria,

Não perdoa a negligência ou o descuido,

E no seu grito, há uma verdade fria,

Que ensina o valor do respeito profundo.