PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
O leite intoxicado,
Torna-se veneno disfarçado,
Em jeito de máscara,
Cobre a verdade que se faz calado.
Encobre a vergonha que queima,
Como um segredo guardado a custo,
As rugas na voz cara,
Revelam o desgaste do engano injusto.
A pureza perdida no líquido branco,
Agora carrega a sombra do mal,
E na máscara que se impõe ao franco,
A verdade se esconde, essencial.
As rugas na voz, tão marcadas,
São traços do tempo e da culpa,
Que se faz presente em palavras,
Mesmo quando o silêncio é a desculpa.