PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008
O canto sereno
Dos desenganos enamorados,
Ecoa nas noites quietas,
Onde os corações, já cansados,
Encontram na melodia suave
O consolo para as dores passadas,
Cada nota, uma lágrima breve,
Cada verso, lembranças guardadas.
Enamorados pelo sonho perdido,
Ainda que a esperança se desvaneça,
Cantam, com voz doce e contida,
Os amores que o tempo esqueça.
Mas no canto sereno há beleza,
Uma paz que só o desengano traz,
Pois no fim de cada tristeza,
Renasce a alma, em silêncio e paz.
E assim, os desenganos enamorados,
Transformam-se em poemas e canções,
Onde os corações, antes despedaçados,
Encontram novas inspirações.