PRISIONEIRO DO TEMPO 2 © 2008

Nock, Nock! Quem bateu?

É o receio, em voz discreta.

Quem o encomendou?

Foi a vida, em constante inquieta.

Assim, um novo ciclo se inicia,

Serpenteia pela ligação,

Trazendo consigo a agonia,

De um circo a um metro do chão.

Por vezes, parece brincadeira,

Um jogo de equilibrista a tentar,

Mas no fundo, a vida é ligeira,

A mudar as regras, sem avisar.

O receio dança na corda bamba,

Entre o medo e a esperança,

E cada passo que a alma arranca,

É um ato de fé e confiança.

O circo gira, as luzes piscam,

Mas o chão está sempre perto,

E o receio, que nos busca,

É o lembrete de que nada é certo.

Mas mesmo assim, continuamos,

A dar voltas neste palco estranho,

Pois na serpente do desassossego,

Ainda há espaço para um sonho.