ALMA GRANDE NO MEU PAÍS 2 © 2008
A minha raça é ser por dentro a teoria do sentir,
Na condição de poeta, a quatro almas a seguir,
Penadas em sofrimento, errantes na escuridão,
É ser sempre a palavra em movimento, numa eterna procissão.
Dispersada no momento, levada pelo vento,
Na partida obrigatória do destino, em tormento,
Sofrer sempre por ainda ser menino,
Que calça as botas novas, na esperança do divino.
Oferecidas no Natal, por um familiar distante,
Que por diferença conjugal, nunca esteve presente,
É ser tudo o mais que não foi dito,
Pela falta de memória, o maldito esquecimento aflito.