ALMA GRANDE NO MEU PAÍS 2 © 2008
Não consigo entrar numa igreja, por mais triste que esteja,
Prefiro ajoelhar a minha alma, no silêncio que me deseja,
Neste modo de choro e calma, encontro minha oração,
Longe da confusão, chama-te o meu coração.
Num abraço de conforto, na partida deste último porto,
O adeus será breve, só a matéria se desfaz,
Mas a lembrança terna, no olhar, ficará,
Registada nesta artéria séria, onde a vida jaz.
E nos poemas lentos, sentirão a minha essência,
Minha presença a sorrir, num rasgo de pura inocência,
De quem, ausente, ainda consegue, pela distância,
Estender a mão, num infinito aperto de coração.