ALMA GRANDE NO MEU PAÍS 2 © 2008
Procuro sempre a melhor forma de me expressar,
As lágrimas que choro, não sei se verdadeiras são,
Ou águas incomuns que nascem de um rio a transbordar,
Infinito em sua fonte, sem nunca encontrar chão.
Quanto mais autorização lhes concedo, mais elas abusam,
Pelo receio e medo de nunca mais as poder provar,
Procuro incessantemente, no fundo da minha mente,
As razões da mudança que sempre desejei alcançar.
Sem saber que o sabor que me chega à alma é o da matança,
Aniquilei amizades, irmãos que me estendiam as mãos,
Mulheres que queriam encher-me de amor o coração,
Até a gratidão desprezei, perdido em confusão.
Não sei porquê, outras vidas sempre desejei,
Nem por que razões queimei as lembranças,
As puras vivências nas desprendidas infâncias,
Ó vida, por que permiti que me fugisses?
Sempre te tive junto ao peito, tão perto,
A angústia de ter perdido o significado,
De ser o eleito, agora sinto o peito deserto,
E o eco do que fui, se perde no passado.